Cena do filme "Procura-se Amy" de Kevin Smith
Nas marcas de poeira, na casa de madeira
Naquele cenário, hoje, pálido
Procuro-te em outros olhos, corpos
Portos de ilusões,
Na seca das estações,
E só vejo fantasmas desfigurados.
Crio pistas, invento mistérios
Com a esperança de me tornar uma memória
Viva
Na sua história
Mas, como o sol daqueles dias, você se foi
Levando o melhor de mim, assim, de rompante
Levando da minha pobreza, os diamantes.
Talvez seja apenas o grito de um quase
Do quase sentir o seu calor
Do quase viver sob o seu beijo
Esse quase que me mata silenciosamente
Justamente esse quase
Que parecia apenas outra fase.
Por Vitor Costa
É Vitor, como diz um ditado africano: "Quase casar um pássaro não faz um assado". Essas questões de ser correspondido equivale a tirar um premio da loto. As melhores mulheres são aquelas inatingíveis, as mais fascinantes, que ficam pela metade, inacabadas, como estrelas brincando, brincado com nossa imaginação e desejo em alturas inacessíveis. Ah, só uma coisa, precisei mudar o poema dessa semana se tu puder fazer outro comentário, daquele nível que tu sempre faz, profundos. Eu agradeceria imensamente e faria questão. E desde já me desculpando pelo incomodo. Abraços, Poetamigo.
ResponderExcluirGrande Fábio, não por acaso teu nome rima com sábio rsrs Concordo contigo, as mulheres que me marcaram mais foram todas idealizações inacabadas, que me inspiraram poemas, mas me deixaram um vazio no meu peito. Abração
ExcluirVitor, devo dizer que fico feliz por ver que você tem cada vez mais postado com frequência no blog - é sempre muito bom te ler. Fico feliz quando vejo que são versos, ou fã das tuas rimas - e até dos versos que não se rimam.
ResponderExcluirO amor é complicado, ou seja lá o nome que dê para o que lhe é semelhante. O problema é esquecer algo que vive dentro de nós, mas que nunca nos permitiu morar em si. Mas as lembranças são boas, não creio que sejam todas de tudo ruim. Lembrar, apesar da dor que corrói, nos faz mais fortes, embora no peito enfraquecidos.
O seu quase pode se transformar em tudo nas bocas e braços de um outro alguém. Não liberte suas lembranças: liberte-se.
Grande beijo.
Como sempre, muito obrigado Carol, espero que você também poste com uma frequência maior, teus textos me fazem muita falta ;-)
ExcluirAmei sua última frase, pensamento de uma pessoa, que apesar de muito jovem, já é madura e inteligente o suficiente para enxergar além.
Beijão querida.
Eu que vivo dos quases da vida, não pude conter o choro. Você me quebrou dessa vez, Vítor!
ResponderExcluirBeijoo'o
Que gratificante ler isso Simone, só de saber que te provoquei lágrimas, sinto-me emocionado.
ExcluirBeijos
É o quase que nos mata pouco a pouco, é o quase que incomoda, que perturba nossas mentes inquietantes.
ResponderExcluirTalvez se você deixar de procurar tenha a sorte de ser encontrado.
Muito lindo Vitor!
Beijo
Tem razão Ariana, mas admito que sou teimoso em continuar uma busca que não levará a lugar algum, porém, bem nos porões da minhas esperanças, eu acredito que ainda posso completar esse quase. (Mesmo sabendo que não vou :-/)
ExcluirBeijos e obrigado pelo comentário ;-)
A esperança pode se tornar um alento e também um tormento.
ResponderExcluirabraços meus/
Realmente Rosa, definiu perfeitamente a angústia de muitos que vivem sob os quases do passado.
ExcluirAbraços e obrigado pela tão ilustre visita.
Ai ai, estou nesse dilema agorinha...
ResponderExcluirE eu não escreveria coisa mais sucinta e clara.
Obrigada, Vitor.
De nada Hellen, fico extremamente feliz que minhas palavras te serviram em algo... ainda mais para você que tanto me inspira com teus textos certeiros.
ExcluirBeijos
Vitor que bonito e completo o que escreveu. " Esse quase que me mata silenciosamente " é o meu sentir.
ResponderExcluirQue bom ler isso Milene, causar alguma forma de identificação, por meio das minhas palavras é a maior recompensa que eu poderia desejar. Esse quase é a sina de muitos.
ExcluirBeijos e volte mais ;-)
Sua escrita me surpreende... Garoto, como você manda bem! O ritmo da poesia, o tema... tudo entrelaçado de uma forma tão envolvente... Nossa.
ResponderExcluirp.s: às vezes eu me questiono: é o tempo que nos consome ou são nossas memórias?