Pôster do filme "Amnésia" de Christopher Nolan
Eu perdi o contato
Com sua pele
Quando vi seu retrato
Sorrindo com ele.
O tempo escorrido
Líquido corrosivo
Que mata minha paz
Que, no limbo, deixa-me ferido.
Eu finjo falta de memória
Os detalhes, porém, são vivos
Aquela velha história
Que, no subconsciente, revivo.
Uma mente sem lembranças
É o meu desejo mais forte
Esquecer a minha sentença de morte:
Condenado a te perder todos os dias
Como se fosse o primeiro.
Como se fosse o primeiro.
Por Vitor Costa
Vitor, acho que nem cheguei a comentar contigo que terminei de assistir ao filme naquele dia, né? Esqueci.
ResponderExcluirCara, esse filme é muito bom. Confuso, confesso, mas genial demais a inversão temporal...
"Feche os olhos. Feche os olhos e sinta. Sinta com o coração e com a alma. Você pode sentir os detalhes, os detalhes que nunca expressou com palavras. E você pode sentir esses momentos mesmo que não queira.
Junte tudo e você conhece uma pessoa o bastante para saber a falta que lhe faz; então saberá que ama alguém" (e os diálogos são magníficos, risos).
E teu poema? Acho que o desfecho forte diz tudo e no fundo tem muito a ver com o filme. Existem tantas coisas que desejamos esquecer, eu então, se pudesse, não lembraria de uma grande parte da minha vida, mas é complicado fingir que não se lembra de algo que sente. Bem, é isso, parabéns pelo poema maravilhoso, como sempre.
Fico muito feliz que tenha gostado do filme, Carol. Nem todo mundo assimila a montagem invertida do filme, muitos não tem paciência, mas, aqueles que, assim como você, imergirem no mundo confuso do personagem, apreciarão um filme sensacional e altamente reflexivo.
ExcluirMuito obrigado pelas palavras, fiz pensando no filme e, claro, na minha eterna paixão platônica rs
Beijos
Bom dia Vitor..
ResponderExcluiras vezes parece que estamos mergulhados em tal amnésia, pois acontecem tantas coisas em nossas vidas ligadas a relacionar-se e sofrer com o outro quando a pessoa não sente por nós o que nós sentimos..
e disse bem, sempre fica no nosso subconsciente.. precisamos soltar o velho passado de nós senão a gente não molda o nosso futuro.. abraços e excelente fim de ano a vc tb.. até sempre
Olá Samuel, como sempre, sábias palavras.
ExcluirUm grande abraço.
O que posso dizer, além de que este poema foi um soco no meu estômago?!
ResponderExcluirPoesia pra mim é isto, tem que nos afetar de algum modo.
Tu és demais.
Obrigado pelo intenso comentário Helen.
ExcluirFico extremamente lisonjeado, ainda mais vindo de uma poetisa tão talentosa como você ;-)
Também te admiro muito.
Beijos
bah, essa linha tênue entre passado, presente e futuro que pesa nas decisões e consequências e depois a bigorna que cai sobre nós com arrependimentos, pensamentos e devaneios :3
ResponderExcluirintenso amigo, e esse filme também, mds <3
passe bem e boas festas, ok?
xoxoxo
Disse bem amigo, é uma bigorna realmente pesada. Insuportável, às vezes. Ainda mais quando ela é proveniente de uma omissão e a dúvida fica corroendo por dentro com o passar do tempo :-(
ExcluirMuito obrigado pelo elogio caro, passe bem também e tenha uma ótima comemoração de fim de ano ;-)
Abraços
Mas como esquecer o que enraizou? Árvores fincadas não esquecem de suas raízes, senão que sentido teriam, que razão a deixaria de pé? Sentimentos infindos são como raízes de nossas árvore. E a árvore como o nosso sangue...
ResponderExcluirLindo poema Vitor.
Feliz ano novo!!
Abração.
Disse tudo Alexandre, "como esquecer o que enraizou? Árvores fincadas não esquecem de suas raízes, senão que sentido teriam, que razão a deixaria de pé?..." Formidável metáfora.
ExcluirObrigado amigo, grande Abraço e um excelente 2015 pra ti. ;-)
Abraços
Uau. Muito bom! Dos teus versos saltam sentimentos profundos.
ResponderExcluirBeijoo'o
flores-na-cabeca.blogspot.com
Muito obrigado Simone, fico feliz que tenha gostado ;-)
ExcluirBeijos e volte mais quando puder :-)
Lembrou de poema meu:
ResponderExcluirSENTENÇA
Fui condenado a te ver
Como um vaso na estante,
Como uma paisagem distante,
Pelo mero deleite ocular...
Deixando o desejo lá fora,
Feito um cachorro preso.
Fui condenado a me ver
Sem o sentimento absoluto de posse,
Como quem se comove
Com as estrelas
Só de vê-las,
Só de tê-las ao olhar.
Que belo Poema, Fábio. Os dois realmente têm temas similares. Que adorável semelhança ;-)
ExcluirAbraços poeta.