Irmãzinha

Cena do filme "Túmulo dos Vagalumes" de Isao Takahata

Os primeiros passos, as primeiras palavras esboçadas
De uma dádiva viva, com a ingenuidade do tamanho do mundo
Os olhos brilhantes, o riso doce, como se fosse
O riso da esperança.
A beleza límpida de uma criança crescendo, descobrindo a vida
E não há nada mais divino do que participar desse processo
Cada valioso momento com uma alma preciosa

E o tempo, como um exímio moldador, transformou
Aquela pequena anja com suas nuances infantis
Em uma rara estrela, bela como uma atriz
Que, em um céu de sombras, sempre brilhou

Uma menina madura
Que transborda sentimentos
Que enfrenta com bravura
Todos os sofrimentos

Ela é um exemplo para todos da sua idade
É motivo de orgulho para mim
Que apenas desejo
Que ela permaneça assim
Forte, afável, repleta de bondade

Em meio a incerteza do futuro
Da juventude perdida, corrompida
Eu enxergo um alento puro
Quando a vejo na minha vida

E hoje, 15 anos depois, você continua reluzente
Continua encantando a gente
E hoje é um dia a ser lembrado, a ser celebrado
Porque, outrora, minha florzinha, tão diminuta
Hoje é uma esbelta árvore cheia de frutas

Princesa, pode sempre contar comigo
Como um fiel conselheiro e amigo
Estarei sempre ao seu lado
Para tudo o que precisar
Para te proteger
Para te amar.

Depois dos 2:34, minha alma chora.

Por Vitor Costa