Cena do filme "A Viagem de Chiriro" de Hayao Miyazaki
No ontem, acordei
As lágrimas, de saudade, ruíram
Como pode a criança que sou
Não ser mais a criança que era
Como é possível que o tempo tenha me sentido
E eu não tenha sentido o tempo
Se, para aquele menino, eu não existia
Então, por que agora existo?
Hoje, eu não tenho o ontem
Ontem, eu não tinha o hoje
São apenas ilusões que não se tocam
Que desaparecem quando amanheço
Mas, ainda assim, não me reconheço
Porque tudo é ontem.
As lágrimas, de saudade, ruíram
Como pode a criança que sou
Não ser mais a criança que era
Como é possível que o tempo tenha me sentido
E eu não tenha sentido o tempo
Se, para aquele menino, eu não existia
Então, por que agora existo?
Hoje, eu não tenho o ontem
Ontem, eu não tinha o hoje
São apenas ilusões que não se tocam
Que desaparecem quando amanheço
Mas, ainda assim, não me reconheço
Porque tudo é ontem.
Por Vitor Costa
Cacete, paradoxal pra caramba, mesmo.
ResponderExcluirA gente só percebe o efeito do tempo quando não dá mais tempo de mudar, de reviver, de se arrepender.
A gente passa pela vida e nem sente ela passar.
Realmente é triste.
Pois é né Carol. O tempo não dorme.
ExcluirSaudades de você!
Beijos
Excelente jogo de palavras, Vitor. Hábil construção.Quando crianças somo protegidos pela inocência, tudo nos sorri, o mundo um brinquedo na palma da mão. O tempo a nosso favor, que tempo? Temos todo tempo do mundo. O tempo é acordar e dormir, brincar. Estresse zero , zero preocupação, puro de coração. Crescer doí. Bela e inspirada composição, amigo. Abraços!
ResponderExcluirAh, ia esquecendo, adoro esse filme. Profundo, delicado e sutil.
ResponderExcluirMuito obrigado pelas incríveis palavras Fábio. Um elogio seu é sempre inestimável.
ExcluirQue bom que gostou! É um dos meus favoritos! E se engana que é infantil e feito somente para crianças. Há muita reflexão nessa fantástica história.
Abraços caro
Sim, sim, tudo é ontem... O agora é efêmero, apesar de ser toda a nossa esperança, e o futuro não existe, se quando supostamente chega futuro já não é mais.
ResponderExcluirPoesia maravilhosa!
Exatamente, o amanhã não existe e nem o hoje, porque nunca conseguimos alcançar o agora. Assim como o amanhã, o agora é intocável, quando pensamos nele, já não é mais agora.
ExcluirMuito obrigado pelas palavras Lari.
Fiquei realmente feliz que tenha gostado :-)
Beijos
Boa tarde Vitor Costa! Tudo bem?
ResponderExcluirDe uma intensidade ímpar...
A vida,realmente é paradoxal.
Uma vertente constante do tempo, da passagem corriqueira entre os dias.
Belíssimo!
Bj
Muito obrigada, Marcella. Fico muito feliz pelo seu comentário!
ExcluirBeijos e volte mais!