quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Dualidade

Cena da série "Mr. Robot" de Sam Esmail

Eu vou perder o pingo que me resta
Do véu da sanidade
Do comportamento esperado
Desesperado

Eu me rodeio de ilusões
Na decadência do ser, recuo
Corpos ali, aqui, em toda parte

Vou perder a referência
Nesta estrada macabra
Que esse espelho se abra
E me mostre a consciência

Essa luta que não cessa
Fragmentos da mente
Que se perdem, de repente

Eu me saboto 
Eu volto
Eu me desfaço 

Eu me ignoro
Eu me socorro
Eu me prometo

Mas, às vezes, no resto das horas
Desconheço-me.


Por Vitor Costa

3 comentários:

  1. Forte e intenso como sempre. Belos versos!

    Um felicíssimo 2017 para você, Vitor!

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    1. Muito obrigado, Lari.

      Sua presença é sempre importante.

      Um excelente ano pra ti também.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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