terça-feira, 22 de dezembro de 2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
1999
Não fazia ideia de que no ano em que completei 9 anos, Hollywood teria um dos mais criativos e memoráveis períodos da sua história, com filmes que se tornaram marcos indeléveis para o cinema, como Matrix, Beleza Americana, O Sexto Sentido, Clube da Luta, À Espera de um Milagre, Magnólia, entre outros. Porém, minha proposta não é discorrer acerca dos filmes mais famosos, mas, enfatizar que, além dessas obras de arte, 1999 reservou uma gama de excelentes filmes norte-americanos desconhecidos do grande público e que abrilhantaram mais ainda esse ano único para a sétima arte.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
O Último Serviço
Cena do filme "Chinatown" de Roman Polanski
Deparou-se com o espectro no espelho. As glândulas sudoríparas em transe e o olhar atônito descortinavam a ilusão. Coragem, homem! De todos os serviços, esse, indubitavelmente, era o mais ingrato, ainda mais porque os letárgicos escrúpulos dispararam sinais vitais, como se quisessem respirar na ausência de oxigênio.
sábado, 24 de outubro de 2015
De Volta À Oz - Parte I
Cena do filme "O Mágico de Oz" de Victor Fleming
Aliás, Oz já se tornara uma lembrança longínqua que foi se esmorecendo em meio ao cotidiano atarefado da jovem.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Paradoxo
Cena do filme "A Viagem de Chiriro" de Hayao Miyazaki
No ontem, acordei
As lágrimas, de saudade, ruíram
Como pode a criança que sou
Não ser mais a criança que era
Como é possível que o tempo tenha me sentido
E eu não tenha sentido o tempo
Se, para aquele menino, eu não existia
Então, por que agora existo?
As lágrimas, de saudade, ruíram
Como pode a criança que sou
Não ser mais a criança que era
Como é possível que o tempo tenha me sentido
E eu não tenha sentido o tempo
Se, para aquele menino, eu não existia
Então, por que agora existo?
domingo, 30 de agosto de 2015
Ciclo da Cana-de-Açucar por Thiago de Oliveira
Cena do filme "Eu, Tu, Eles" de Andrucha Waddington
Afastada de
tudo o que existe de civilizado nesse mundo, aquela infinitude verde seguia
tingindo de vida o que outrora era árido e morto, mas que hoje se tornara úmido
e pantanoso. Imensidão. Assim deviam de estar pensando os belos tuiuiús que, por acaso, sobrevoavam a
plantação no exato momento em que esta cena foi inventada. Verde-ardume da
paisagem, canavial sem-fim, imponente enquanto houvesse braços e lâminas que o
sustentasse. Para quem?
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
A Puritana
Cena do filme "Ligações Perigosas" de Milos Forman
Era época de festividades na corte inglesa, os períodos beligerantes haviam cessado e o país vivenciava uma prosperidade invejável.
Duquesa de Lancaster, mulher suntuosa e assertiva, terminava de cuidar das minúcias da tradicional festa de sua família. Todos os detalhes necessitam de uma precisão incorruptível! O imenso palácio abrigava uma infinidade de cômodos, corredores infindáveis e adornos luxuosos. Toda a opulência da aristocracia inglesa parecia estar contida naquele espaço.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Caos no Tribunal
Cena do filme "A Professora de Piano" de Michael Haneke
quarta-feira, 22 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Teias
Cena do filme "O Homem Duplicado" de Denis Villeneuve
Lívia se sentia morta, encarcerada há anos naquela rotina, os mesmos movimentos e percursos com horários bem definidos. Acordava às 8h00, acionava o modo soneca do celular para 5 minutos de um repouso ilusório, ou seja, às 8h05 estava de pé e se espreguiçando. Em seguida, encaminhava-se para o banheiro, localizado do lado da cama, onde umedecia a superfície larga do rosto com um sabonete de erva doce para hidratar a pele, que nem era tão ressecada, mas fazia questão de lavá-la três vezes. Ao terminar de enxugá-la, os números digitais do seu relógio de pulso sinalizavam 8h18. Automaticamente, dirigia-se ao seu guarda-roupa, onde residiam as variadas vestimentas que possuía, porém, ela optava sempre pelo mesmo conjunto: camisa social de manga comprida, calça social azul marinho e sapato preto.
domingo, 21 de junho de 2015
domingo, 7 de junho de 2015
Declaração de Amor Moderno
Pedro, eu não tenho mais certeza se é amor, aliás, essa resolução talvez nunca tenha existido em meu ser. Não posso te garantir que não tentei, embora eu tenha consciência de que poderia ter resistido mais, ter tido maior paciência. Acontece que, talvez, eu tenha perdido a capacidade de amar alguém igual ou mais do que a mim mesma.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Mad Max e a Redução da Testosterona em Hollywood
Cena do filme "Mad Max: Estrada da Fúria" de George Miller
O novo "Mad Max: Estrada da Fúria" chegou para quebrar os paradigmas empoeirados do cinema de ação. Aqueles clichês que anestesiam, tamanha suas repetições, previsibilidades e fórmulas esquemáticas. Táticas elaboradas para capturar a massa letárgica.
Aqui abordo algumas dessas bem-vindas subversões:
segunda-feira, 18 de maio de 2015
A Noite em que o Mundo não Desapareceu
Cena do filme "As Vantagens de Ser Invisível" de Stephen Chbosky
Bebi quatro doses de vodka ou foram cinco? Amigo, mais uma dose de tequila, por gentileza (ainda consigo ser educado). Não há tempo a perder, agora as horas vão acelerar mais ainda, é o que sempre acontece. O álcool distorce totalmente a percepção da realidade, inclusive do tempo. Já são três da manhã, mas tinha acabado de entrar na festa e ainda nem meia-noite era.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Reino das Palavras
Cena do filme "Matrix" dos Irmãos Wachowski
Tirem-me daqui, do ócio, do precipício dos ideais, da alienação disfarçada de vida, da caverna dos hipócritas. Escuto sirenes, estão vindo me buscar? Não, mais um engano programado, mais um sinal da minha idiossincrasia perante as pressões da sociedade. Levem-me daqui, mas não me façam voltar a ser eu de novo, não quero o mesmo gosto de sangue, nem o odor dos cemitérios. Venham palavras!!
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Olívia & Olívia
Cena do filme "Closer" de Mike Nichols
A gasolina disparou junto com o dólar, a corrupção do governo se alastra pelas retinas populares, a presidente, assim como todos os outros fantoches, vendeu ilusões que, obviamente, fugiam ao seu controle. Impeachment? Intervenção Constitucional Militar? Vamos gritar pelo direito de não reivindicarmos mais nossos direitos? Qual a solução? O que fazer?
terça-feira, 17 de março de 2015
"A Surpreendente Verdade que Nunca te Contaram Sobre Tudo"
Cena do filme "Asas do Desejo" de Wim Wenders
Perspectivas. Minhas esperanças. Felicidade. Mudanças constantes. “Fantoche” do sistema. Palavras paralelas, incompletas, inexpressivas. Coragem. Miragem. Pensamentos ocultos. Medo de viver, conhecer, reconhecer. Impotência. Conformismo. Revolta. Tudo parece tão pequeno. Indiferença. Paciência infinita? Dinheiro, por que é tão importante? Passaporte para a felicidade? E o mundo continua girando.
segunda-feira, 16 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
O AnTi-cLiChÊ - PaRtE III
Cena do filme "Pânico" de Wes Craven
O canto dos pneus, o velocímetro inquieto, o preponderante suor na camisa verde-escura e sem estampas, os semáforos que pareciam intermináveis e, propositalmente, vermelhos. Anibal nunca havia dirigido tão rápido na vida e ofendido tanta gente no trânsito. Os corpos no banco traseiro balançavam e se chocavam entre si quando o Gol percorria as curvas sinuosas do trajeto, era uma bagunça de braços e pernas que acentuava a apreensão de Anibal.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
O Anti-Clichê - Parte II
Cena do filme "Cova Rasa" de Danny Boyle
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
O Anti-Clichê - Parte I
Cena do filme "Os Sonhadores" de Bernardo Bertolucci
Sétimo andar de um prédio decrépito, o chão de concreto repleto de buracos, os vidros quebrados, quase não há móveis e os poucos ali, já estão em decomposição. Imaginem o cenário de um filme de terror, um lugar soturno, lúgubre, sem eletricidade, sem qualquer sinal de conforto, um silêncio aterrador, somente cortado por pombos que, ocasionalmente, batem suas asas em direção às janelas destruídas. Há também uma predominante escuridão, amenizada, apenas, por uma luz estridente vindo de uma desgastada câmera de filmagem.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
Orlas do Niilismo
Cena da série "True Detective" de Nic Pizzolatto
Aviso: cuidado para não caírem no abismo, ele possui uma profundidade imensa e, uma vez lá dentro, é quase impossível sair. Aconselho a permanecerem na borda.
E se perdêssemos o sentido de tudo? E se soubéssemos que nada vale a pena? Por que fazemos o que fazemos? E se todas as dúvidas existenciais fossem apenas um alívio para buscar significado onde não existe nada? Para que acordamos todos os dias? Seria o ser humano um animal pretensioso que, apenas, tenta justificar a sua existência e a sua importância com teorias absurdas? Somos mais relevantes que os pernilongos que matamos? O mundo seria um lugar melhor sem nós? Denominamos sentimentos que já existiam muito antes de nós? Somos um mero acidente? A vida é apenas um sonho com um significado distorcido, com o desejo de ser 'alguém'? Por que o nosso pós-morte seria diferente do pós-morte de um cachorro na rua?
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Vista-me e se conhecerás
Cena do filme "Seven" de David Fincher
Só depois de raspar seus cabelos eu pude sentir aquela superfície aveludada, o crânio dela era tão macio que eu tinha vontade de amassar com um martelo, as suas lágrimas eram tão reluzentes que refletiam o meu gozo. Não vou dizer que eu não sou insano, mas e daí? Sou parte dessa merda que me jogaram, estou, apenas, devolvendo a cortesia.