Cena do filme "Following" de Christopher Nolan
Destroços do tempo
Você me emprestando o silêncio da Esfinge
E tudo distante, fora do alcance
Da minha compreensão
A névoa que te circunda
Intriga-me, sufoca-me
Feito fumaça sem incêndio
As horas se somam
Empilhadas em nossas cabeças
E nada acontece
Apenas o vazio da dedução
Não consigo te ler
Tuas páginas fechadas me inquietam
Já é noite
O giro da Terra
Não movimentou tua boca
E o silêncio que te consome
Vira ruído que não some.
Por Vitor Costa
Não esquecermos nunca de algo que passa despercebido pela maioria no mito da Esfinge: ela NÃO é uma devoradora de homens (como as sereias, vampiras, harpias), a Esfinge tem uma missão específica na narrativa grega: é o ser demonizado encarregado de guardar o trono de Tebas (apenas Édipo é o herdeiro legítimo) contra usurpadores. Ou seja, ela sabe o que guarda, para que guarda e para quem está de guarda. Mesmo que no fim acabará (e aceitará resignadamente) por ser vencida pelo legítimo herdeiro, dando o trono de direito a Édipo (que também decifra o enigma), e que acaba por ser rei junto da rainha viúva, sua mãe.
ResponderExcluirEnquanto lia, só me lembrava da voz do Djavan, catando Esfinge:
https://www.youtube.com/watch?v=-S-BK3vtYLU
Olá
=)
Enriquecedor seu comentário, Priscila. Muito obrigado por isso.
ExcluirBeijos.
Você simplesmente é genial, cara. Na prosa já conhecia, me surpreendeu na poesia. Aplausos!
ResponderExcluirMuito obrigado querido Mestre. :)
ExcluirJá o disse e digo sempre: seus poemas são maravilhosos!
ResponderExcluirMuito obrigado, Lari!
ExcluirÀ propósito, você tinha razão, amei Westworld. Maravilhosa essa série.