terça-feira, 29 de outubro de 2013

Consumo, logo existo.


Pôster do filme "Clube da Luta" de David Fincher
A mesma imagem reaparece em minha mente, a visão do topo, do mais alto andar, telas de vidro na sala, um homem estagnado observa a realidade por trás daquelas telas. Ele está de terno com uma camisa azul por baixo. Esse homem sou eu. O que isso significa? Não sei, talvez um mero devaneio incongruente ou um sinal de que ninguém escapa do consumismo, aquele parasita que vai possuindo, paulatinamente, o ser invadido.
‘As coisas que você possui acabam possuindo você.’ – Tyler Durden

domingo, 27 de outubro de 2013

Estação Chuva

Glasgow
É verão
Sol, chuva, sol e sol
É outono
Chuva, chuva, sol e chuva
É inverno
Chuva, chuva, neve, sol e chuva
É primavera
Chuva, chuva, sol e sol
Não gostou de tanta chuva?
Não venha a Escócia

Henrique Iwamoto

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Aqui

Cena do filme "A Árvore da Vida" de Terrence Malick

Aqui há um mundo de ilusões
Aqui há o desconcerto da sociedade
Aqui há um céu de paixões
Aqui há um lampejo de sobriedade

Aqui, bem nos porões do coração,
Há aquela vontade de se libertar
De viver a saudosa canção
Que poucas vezes eu soube escutar

domingo, 20 de outubro de 2013

Rei do Martírio


Pôster do filme "Psicopata Americano" de Mary Harron

Do topo do seu castelo de mentiras
Espreitava o mar de luzes
Nenhum indício de placidez
Em meio ao caos do seu cerne.

Desceu da torre, sedento por fumaça
Respirou o ar puro da desordem
Nenhum sinal de sensatez
Orientando os seus passos

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Tinha, tem e terá uma pedra


O post anterior a este ("Marcas"), me fez lembrar de um dos mais populares (tanto no sentido de famoso e no sentido de linguagem) poemas de Carlos Drummond de Andrade, "No Meio do Caminho":

"No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra. 
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra."

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Marcas

Pôster do filme "Magnólia" de Paul Thomas Anderson

A vida segue pela estrada sutil do cotidiano
Relações efêmeras, paisagens monótonas e amores diversos
Tudo emoldurado pelo cenário do mundo profano
Mas tenho esperança em marcas melhores com esses versos.

Deixaram marcas inexpressivas à humanidade
Poucos lutaram por um exemplo marcante
Ideologias perdidas pela corrupção da sociedade
Julgadora de pensamentos inovadores em ideias delirantes.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O subjetivismo da tal felicidade

Conceitos e ideias abstratas foram, são e sempre serão assuntos tratados pela filosofia. A filosofia (do grego philosophía; philos = amor; sophia = sabedoria; portanto, significando “amor à sabedoria”) pode ser definida como sendo o “estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem” (Dicionário Michaelis). Há, por consequência, a clara relação desta definição com a afirmação apresentada logo na primeira frase deste texto.

O abstrato não é algo trivial, pois conta com algo que é imprevisível e extremamente subjetivo: a imaginação de cada ser humano, a percepção do mundo por nós, seres racionais. Se algo é abstrato, nada mais justo afirmar que é impossível analisá-lo de forma 100% objetiva. A própria ideia de abstração traz consigo um caráter de subjetividade. Mas há algo mais subjetivo do que o sentimento de plenitude, de satisfação e, porque não, felicidade?